quarta-feira, 12 de março de 2008

Até onde vai a verdade?

Qual o papel da mídia em nosso país? Qual o papel dela no mundo? Estima-se que seja informar. Na teoria a resposta parece tão simples como a velha questão de matemática: dois mais dois, porém, a prática se mostra complexa o bastante para levarmos anos de estudos.
Seria demagogia afirmar que a mídia informa com total veracidade. Nem uma criança faria tal coisa diante de um fato corriqueiro. Existem infinitas versões de uma história, basta ela ser contada por outro espectador.
Enquanto estamos no ponto de vista, tudo bem. O problema é que certas vezes, os profissionais resolvem mostrar um fato de acordo com os seus interesses, ou até, pelos interesses de seus superiores.
Surge outra pergunta. Por quê fazê-lo? Simples como o dois mais dois lá de cima. O mundo capitalista te ordena isso. E você precisa do ordenado. Digamos que o sujeito queira ser correto, imparcial, mas vem o seu editor e manda alterar a essência da matéria para beneficiar ciclano. Você rejeita e perde o emprego ou faz o que ele pediu? Claro que irá fazer, afinal, você tem família para sustentar, a prestação do carro para pagar e o aluguel irá vencer.
Isso é tudo? Não. Os donos da mídia recebem o "din-din" da publicidade e mandam ninguém falar mal dos seus "clientes".
E quando a ordem vem do governo? Dá pra rejeitar? Na velha teoria é tão simples, a liberdade de expressão é garantida pela constituição, mas como ela é impraticável no século 21.
Vejam bem, não está sendo proposto que você deixe de ler o seu jornal, ver sua TV ou ouvir a sua rádio. Apenas um conselho: Procure uma segunda opinião ou fonte, pois hoje em dia, nem sempre dois mais dois somará quatro.